terça-feira, 21 de julho de 2015

Arquiteto cria torre que coleta água potável a partir do ar:

Um projeto criado na Itália pode ajudar a ampliar o acesso a água potável em locais afetados pela falta de chuvas. Pelo menos um terço da população mundial – cerca de 2,4 bilhões de pessoas – ainda não consome água tratada, segundo relatório da Unicef e da World Health Organization (WHO) divulgado em junho.
O arquiteto e designer italiano Arturo Vittori criou uma espécie de torre de cerca de 10 metros de altura que coleta água adequada para beber a partir do ar. Batizado de WarkaWater, o projeto foi concebido para comunidades rurais em áreas da Etiópia, na África, que sofrem com a falta de água limpa.
Segundo o site oficial do projeto, do Architecture and Vision, a torre pesa em torno de 90 quilos e possui cinco módulos que podem ser construídos pelos próprios moradores das comunidades beneficiadas.


A torre pode ser montada em qualquer local sem a necessidade de usar equipamentos elétricos ou andaimes. A estrutura, explica o escritório de Vittori, é feita de materiais recicláveis e biodegradáveis.
A torre tem capacidade para coletar cerca de 100 litros de água potável por dia por meio de um tecido especial que fica no interior da torre. Cada unidade custa US$ 500.
De acordo com o escritório de Vittori, Architecture and Vision, o formato de cone melhora a estabilidade e otimiza o transporte e armazenamento da torre. A estrutura em formato de “coroa” sobre a torre foi projetada para espantar pássaros e manter a água protegida destes animais.
Acesso a água potável no planeta – O último relatório da Unicef mostrou que o acesso à água potável no planeta avançou em vários países nas últimas décadas, mas a falta de progresso nos serviços de saneamento básico ameaça minar os avanços obtidos.
Cerca de 2,6 milhões de pessoas passaram a acessar o recurso desde 1990, e 91% da população mundial já viu melhorias na qualidade de água que consomem para beber – e esse número continua crescendo. (Fonte: G1)

sábado, 18 de julho de 2015

Dia da Proteção das Florestas: nossas árvores pedem socorro:

O Brasil já perdeu 19% da Amazônia e quase 91% da Mata Atlântica. No dia que celebra a proteção das florestas, há pouco o que comemorar. Participe do Twitaço em defesa das florestas.
Nesta sexta-feira (17/07) é comemorado o Dia da Proteção das Florestas, uma data para lembrarmos que preservar as florestas não é apenas uma opção, mas uma necessidade.  
Originalmente nesta data era comemorado o dia do Curupira, um personagem do folclore brasileiro conhecido por pregar peças naqueles que destroem a floresta. Mas, infelizmente, o personagem vive apenas nos contos infantis e a floresta não consegue se defender sozinha. Por isso, é nossa responsabilidade preservar este importante patrimônio do Brasil.



As florestas são parte vital do ciclo da água, contribuindo para a formação de chuvas que abastecem várias regiões do país. Elas também nos protegem de climas extremos, como cheias ou secas. Sem elas, a produção de alimentos ficaria comprometida e a vida na Terra cada vez mais difícil.
Diversos estudos científicos já mostraram que as florestas também são importantes na proteção de nascentes e rios, aumentando a qualidade e a quantidade da água que consumimos. O desmatamento oferece lucro para poucos e prejuízo para toda a sociedade, inclusive para quem vive nas grandes cidades e para aqueles que promovem o desmatamento. Ainda sim, destruir as florestas é permitido no Brasil.
Apoie a campanha pelo Desmatamento ZeroDesafio Salve as Florestas

domingo, 12 de julho de 2015

MMA fortalece parcerias na Amazônia Legal:

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentam, nesta terça-feira (7) em Palmas, Tocantins, e quarta-feira (08/07), em São Luiz, Maranhão, os resultados do Projeto Uniformização do Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal (UZEE).
As apresentações encerram um ciclo de seminários nos nove Estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), com o objetivo de estabelecer estratégias conjuntas de fortalecimento do zoneamento ecológico-econômico (ZEE) na região. Os encontros reúnem gestores públicos, técnicos e demais interessados no tema.
Integração - A iniciativa faz parte do projeto Uniformização do Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal e integração com o Zoneamento Agroecológico da Região, apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A iniciativa é executada a partir da larga experiência do Ministério do Meio Ambiente e do Consórcio ZEE Brasil. O estudo conta com uma equipe formada por pesquisadores de diversas instituições presentes na região amazônica, em permanente diálogo com os estados.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Política Nacional de Recursos Hídricos:

A Política Nacional de Recursos Hídricos – Lei 9.433/1997 – teve como base para sua elaboração uma legislação anterior do Estado do Rio Grande do Sul, a lei estadual 10.350/1994, que implantou no Estado do RS a Política Estadual de Recursos Hídricos, com base no modelo de gestão francês a partir do estágio realizado em 1991 neste país europeu por componentes da Comissão Consultiva do Conselho de Recursos Hídricos do RS. Esta lei estadual regulamentou o artigo 171 da Constituição do RS que previu o sistema estadual de recursos hídricos com base nas bacias hidrográficas como unidades básicas de planejamento e gestão.
A Lei 9.433/1997 estabeleceu os fundamentos, objetivos, diretrizes e instrumentos para a gestão das águas no território nacional, regulamentando o artigo 21, inciso XIX da Constituição Federal, que prevê a implantação do Sistema Nacional de Recursos Hídricos e a definição dos critérios para as outorgas e cobranças pelos direitos de uso deste recurso natural. A Política Nacional de Recursos Hídricos – PNRH tem como fundamentos previstos no artigo 1º: a) domínio público da água, b) como recurso natural limitado e dotado de valor econômico, c)uso prioritário para consumo humano e dos animais nos casos de escassez, d) gestão com uso múltiplo, e) as bacias hidrográficas como unidades básicas para implementação da gestão das águas e f) a descentralização e a participação dos poderes públicos, usuários e comunidades na gestão.

Rio Apeú - Lixo de toda espécie


Quanto aos objetivos, assegurar o abastecimento atual e futuro e a disponibilidade em padrões de qualidade adequada aos diversos usos, utilização racional, inclusive para o transporte e o desenvolvimento sustentável e a prevenção e defesa contra eventos críticos de origem natural ou decorrentes de usos inadequados estão previstos no artigo 2º. As diretrizes gerais de ação previstas no artigo 3º estabelecem a gestão sistemática sem dissociar a quantidade da qualidade, a adequação da gestão às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais regionais, integração da gestão da água com a gestão ambiental e uso do solo, articulação do planejamento com os setores usuários e com os projetos regionais, estaduais e nacionais e integração das bacias hidrográficas com as zonas costeiras e sistemas estuarinos. A União e os Estados farão o gerenciamento articulado dos recursos hídricos de interesse comum.
Em relação aos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos estão previstos no artigo 5º:
I – Os planos de recursos hídricos;
II – Enquadramento dos corpos de água de acordo com os usos preponderantes estabelecidos;
III – Outorga dos direitos de uso;
IV – Cobrança pelo uso água;
V – Compensações aos municípios;
VI – Implantação do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
Fonte: Cenatec

segunda-feira, 16 de março de 2015

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS SÃO PRINCIPAL FONTE DE ÁGUA DOCE DISPONÍVEL NO MUNDO:

A maioria das pessoas não tem ideia do quanto a água para consumo humano é um bem escasso no mundo. Segundo a Associação Brasileira da Águas Subterrâneas (ABAS), somente 28 litros em cada 1 milhão de litros de água do planeta correspondem a água doce, ou 7 duzias de latinhas de cerveja em uma piscina olimpica de água. Desse total, apenas 0,1 litro, (menos de meio copo) está disponível para consumo imediato, sob a forma de águas superficiais - rios, lagos, represas, açudes. Porém 6,17 litros (ou aproximadamente 17 latinhas de cerveja) encontram-se disponíveis sob a superfície da Terra: são as águas subterrâneas. Um manancial gigantesco de água doce no mundo, que apesar de invisíveis aos nossos olhos, estão presentes todos os dias em nossa vida. "Temos um produto de uso amplo por toda a população, mas que é do desconhecimento da maioria dela, afinal, todos bebemos água mineral", comenta Everton de Oliveira, doutor em Hidrogeologia de Contaminação pela Universidade de Waterloo, no Canadá, e secretário executivo da ABAS.
Exemplo disto é que só no Estado de São Paulo, 80% dos municípios são total ou parcialmente abastecidos por águas subterrâneas. O recurso natural atende a uma população de mais de 5,5 milhões habitantes. Dados que são pouco divulgados para a sociedade. Na maioria das cidades, no País e no mundo todo, o abastecimento público faz uso das águas subterrâneas.



Diante de tal importância, este recurso natural necessita de atenção especial dos órgãos públicos e privados. Trabalhos de preservação, prevenção e recuperação de contaminações em aqüíferos são os únicos meios de garantir a conservação dos recursos hídricos subterrâneos e superficiais, já que eles também são retroalimentados por estas águas. "A água subterrânea tem uma importância muito grande dentro dos recursos hídricos e a prevenção à contaminação e a remediação de locais contaminados devem ser enfatizados", comenta Oliveira.
As interações ambientais e geológicas, que ocorrem debaixo de nossos pés, entre solo, rochas, águas subterrâneas e outros organismos, afetam diretamente o ambiente em que vivemos. Uma contaminação no solo interfere em todo o restante do meio ambiente: polui lençóis freáticos, rios, lagos, e, consequentemente, contamina vegetação e fauna.
Na lista de áreas contaminadas, publicada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), atualizada até novembro de 2008, a maior fonte de contaminação são os postos de combustíveis. Já que entre as áreas contaminadas conhecidas, eles correspondem a 78% do número total de áreas contaminadas, seguidas das atividades industriais, responsáveis por 13% das contaminações. Já são 2514 áreas contaminadas conhecidas, incluindo o seu estágio de gerenciamento, em todo Estado. Os principais contaminantes encontrados são benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno, os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, destacando também a ocorrência de combustíveis em fase livre. Verifica-se também grande número de ocorrência de solventes halogenados, segundo dados da companhia.
Para alertar a sociedade sobre a importância do assunto e reunir especialistas em busca de soluções para gestão e conservação destes recursos, a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) promove em setembro, o I Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo (CIMAS). O evento será realizado entre os dias 15 e 18, do próximo mês, no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo, Capital.
Entre os conferencistas estarão especialistas internacionais, como John Cherry, da Universidade de Waterloo e de Guelph, no Canadá, um dos mais importantes hidrogeólogos do mundo em estudos sobre a complexidade das contaminações subterrâneas; Holger Weiss, diretor do departamento de remediação de solo e águas subterrâneas do Centro de Pesquisas Ambientais Helmholtz, de Leipzig, na Alemanha; e Robert Cleary, consultor especializado em remediação de águas subterrâneas, da empresa Princeton Groundwater Inc, nos Estados Unidos, pioneiro no Brasil nesta área. Grandes personalidades brasileiras também farão parte da grade de conferencistas do evento. São eles, José Machado, presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), e Washington Novaes, renomado jornalista da área ambiental brasileira.
Segundo Everton, que também é presidente da Comissão Organizadora do evento da ABAS, o congresso tem como principal objetivo colocar em debate, as discussões mais relevantes e atuais sobre o assunto, além de suas futuras implicações. "Este é o primeiro grande evento do país direcionado aos profissionais e empresas envolvidas no setor de meio ambiente subterrâneo. A ideia é proporcionar a troca de informações, além de divulgar o tema com maior clareza para a sociedade", afirma ele.
Os temas de destaque do evento são: Gestão integrada das águas superficiais e subterrâneas no País; Técnicas de investigação e novas tecnologias para remediação de áreas contaminadas; Impactos dos processos industriais no meio ambiente subterrâneo; Responsabilidades, riscos à saúde e sustentabilidade no uso das águas subterrâneas.
Fonte: Portal Tratamento de Água

quarta-feira, 11 de março de 2015

Água poluída mata mais que Aids e câncer de mama, revela pesquisa:

Doenças transmitidas pela água poluída e pelo saneamento ruim representam a quinta maior causa de mortes de mulheres em todo mundo, matando mais que a Aids, a diabetes ou o câncer de mama, revelaram pesquisadores.
Quase 800 mil mulheres morrem todos os anos por falta de acesso a banheiros seguros e água limpa, de acordo com a organização desenvolvimentista WaterAid, que analisou dados do Instituto de Métricas da Saúde, centro de estudos sediado em Seattle, nos EUA.
“Esta situação completamente inaceitável afeta a educação, a saúde, a dignidade de mulheres e meninas e, em última instância, resulta em mortes precoces e desnecessárias”, disse a diretora-executiva da WaterAid, Barbara Frost, em comunicado.
As únicas doenças mais mortíferas para as mulheres do que a falta de saneamento de qualidade são doenças cardíacas, derrames, infecções das vias respiratórias inferiores e doenças pulmonares obstrutivas crônicas, de acordo com o relatório.
Sem acesso a ‘direito humano’ – Mais de um bilhão de mulheres, ou uma em cada três em todo o mundo, não têm acesso a um toalete seguro e particular, e 370 milhões – uma em dez – não contam com água limpa, segundo a WaterAid.
Mais de dois bilhões de pessoas passaram a ter acesso à água limpa entre 1990 e 2012, mas quase 750 milhões continuam sem recurso ao que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu ser um direito humano.
A água poluída e o saneamento ruim estão na raiz de problemas como a mortalidade materna e infantil e a violência sexual.
Muitas mulheres em países em desenvolvimento dão à luz em casa, sem acesso à água limpa, expondo-se e aos seus bebês a infecções.
Sem banheiros seguros, mulheres e garotas têm que se aventurar ao ar livre para fazer suas necessidades, muitas vezes à noite, arriscando sofrerem assédio e abuso sexual.
Além disso, em muitos países pobres é considerado responsabilidade de mulheres e meninas encontrar água, o que as força a passar várias horas do dia indo e voltando de poços e as impede de frequentar escolas e cuidar de suas famílias. (Fonte: G1)

domingo, 8 de março de 2015

Pesquisa da Ufes mostra como reduzir em 30% o consumo de água:

Um levantamento feito em Vitória mostrou que o uso de hidrômetros individuais e descarga com caixa acoplada pode gerar uma economia de até 30% no consumo de água. A pesquisa feita pelo departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) realizou estudos em bairros da capital do estado. Os pesquisadores também concluíram que o reúso da água e a condição financeira dos moradores também interferem no consumo de água.
Segundo o estudo, a medição com hidrômetro individualizado pode ferar uma economia de 15% nos condomínios. Se esses prédios ainda contarem com descarga com caixa acoplada a redução chega a 30%.
O professor que coordenou o grupo de pesquisadores, Ricardo Franci, explicou que os dados foram extraídos de alguns bairros de Vitória. “Foram 18 edificações entre Mata da Praia e Jardim da Penha. Separamos os prédios em três grupos”, explicou.
Um deles eram construções apenas com medição individualizada. O outro grupo tinha também a caixa acoplada na descarga. O terceiro, não tinha nenhuma das duas estruturas. Além disso, eles também consideraram residenciais com e sem mecanismos de reúso.
O grupo também analisou outros bairros, levando em consideração diferentes critérios. O estudo mostrou, por exemplo, que o reúso da água e a condição financeira dos moradores também interferem no consumo de água.
Na Praia do Canto, por exemplo, o monitoramento foi feito em seis prédios. Onde havia reutilização de água das chuvas, o gasto com água era de 170 litros por pessoa por dia. Já os que não possuíam esse mecanismo tinham um consumo acima de 220 litros por morador, chegando a 280. O recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de 120 litros.
Outro bairro monitorado foi a Ilha do Frade. Cerca de seis casas, onde moravam alunos da Ufes que participavam do grupo de pesquisa, tiveram o gasto controlado e o resultado surpreendeu. Por dia, são gastos até 400 litros por morador.
“As descargas são antigas, o que pode aumentar o consumo em até quatro vezes. Outra coisa é que, nessas residências, podem haver superduchas, que gastam até 12 litros por minuto, enquanto um chuveiro elétrico comum despeja três litros e meio nesse tempo”, ressaltou Franci.
Além disso, há os gastos com irrigação do jardim, limpeza de piscina e lavagem de carros. “Se a conta de água não pesa muito no orçamento da família, não há incentivo para economizar”, comentou o professor.
Periferia – De acordo com o levantamento, em bairros periféricos, a economia de água é maior do que nos bairros considerados nobres e o consumo fica bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os pesquisadores realizaram medições nos bairros Jabaeté e Zumbi de Palmares, ambos em Vila Velha.
Em Jabaeté, foram 30 casas monitoradas, que registraram um consumo de 79 litros por pessoa por dia. Já em Zumbi, a média foi de 100 litros em 80% das residências da localidade.
O baixo gasto, assim como acontece com o alto consumo na Ilha do Frade, também espelha a condição social da população local. “Setenta e nove litros por dia é baixíssimo. Eles se controlam para pagar de R$ 20 a R$ 30 pela água, porque isso faz diferença no orçamento deles. Irrigar jardim, por exemplo, nem pensar”, apontou o professor Ricardo Franci.
Em Zumbi de Palmares, a situação é ainda mais precária. Isso porque 30% das casas não tinham banheiro adequado. “Nem mesmo bacia sanitária possuíam”, disse o professor.
Fonte: Ambiente Brasil

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Cidades e empresas farão ‘rodízio’ de captação de água de rios em São Paulo:

O Consórcio PCJ, que agrega 43 cidades e 31 empresas que utilizam as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que abastece o Sistema Cantareira, em São Paulo, organizou e deve implementar uma escala para captação de água. A intenção é impedir que os setores industrial, urbano e rural façam a coleta no mesmo horário, o que pode baixar ainda mais nível dos rios.
Dessa forma, haverá horários de captação diferentes para todas as categorias de usuários. A intenção é que as cidades e empresas que possuam outorga captem água em momentos diferentes, o que irá evitar retiradas em volume maior que os mananciais podem suportar.

 
“O uso intercalado que estamos propondo vai evitar o que está acontecendo hoje, quando o volume de água que chega na calha do rio é exatamente o que o município vai captar. Se ele fizer 100%, quem ficar rio abaixo não terá mais água”, disse o diretor do Consórcio PCJ, Francisco Lahoz.
Segundo o Consórcio PCJ, a determinação foi encaminhada para os consorciados.
O anúncio formal e os detalhes sobre o funcionamento do sistema serão divulgados na próxima semana.
O consórcio afirmou, ainda, que, com a ação, poderá haver menos utilização das águas dos reservatórios do Sistema Cantareira, o que pode prolongar a capacidade de abastecimento do manancial.
“Do contrário, teríamos que abrir cada vez mais as comportas do Cantareira”, disse. 
21/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Califórnia vai aplicar multa de R$ 1.200 por dia para quem desperdiçar água:

DLegisladores da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovaram na noite de terça-feira (15) a aplicação de uma multa diária de US$ 500 (cerca de R$ 1.200) para moradores que desperdiçarem água. O Estado enfrenta a pior seca de sua história.
A penalidade vale para pessoas que forem flagradas regando jardins e lavando o carro ou a calçada com mangueiras que não tenham sistema de fechamento no bico.
Fontes decorativas que utilizem água tratada também são enquadradas pela lei, que determina que estes equipamentos operem com circulação e reutilização de água.


“Esperamos que os californianos pelo menos não desperdicem água”, afirmou Felicia Marcus, do Comitê de Controle de Recursos Hídricos. “Muitas comunidades estão passando por momentos difíceis no Estado, o mínimo que podemos fazer é não gastar água potável regando jardins”.
A regulamentação não se aplica ao uso da água no interior das residências, apesar de alguns municípios da Califórnia terem imposto metas de redução para a população.
As agências locais de fornecimento de água que não fiscalizarem e divulgarem a nova lei podem ser multadas em US$ 10 mil (cerca de R$ 23 mil) por dia.
17/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

MMA inicia elaboração da Carta das Águas Subterrâneas do Paraná:

O Paraná terá, em 2015, a Carta das Águas Subterrâneas do estado. O Ministério do Meio Ambiente contratou uma consultoria para a elaboração do documento no âmbito do projeto Interáguas (acordo de empréstimo com o Banco Mundial), e conta com a parceria de órgãos estaduais, em especial o Instituto das Águas do Paraná, vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A perspectiva é que o projeto seja concluído em 10 meses e seu custo está estimado em aproximadamente R$ 1 milhão.
O trabalho visa o aprimoramento do conjunto de dados e informações sobre os principais sistemas aquíferos presentes no Paraná. Embora mais protegidos, esses sistemas não estão livres da poluição e contaminação pelas diversas atividades realizadas pelo uso e ocupação do ambiente. “O aproveitamento das águas subterrâneas deve ser apoiado por um planejamento técnico criterioso, com base no conhecimento de cada ambiente onde se localizam e das condições de circulação”, explica o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Ney Maranhão. 


Conhecimento - Ao considerar a dominialidade das águas subterrâneas que constitucionalmente é dos Estados, destaca-se, em âmbito federal, as ações previstas no Programa Nacional de Águas Subterrâneas – Programa VIII do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), e na Agenda de Águas Subterrâneas da Agência Nacional de Águas. Tais iniciativas têm como objetivo a ampliação do conhecimento hidrogeológico, o desenvolvimento da base legal e institucional para a gestão adequada das águas, considerando o princípio da gestão sistêmica, integrada e participativa.
17/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

quarta-feira, 16 de julho de 2014

O saldo de 42 anos de desastres naturais é de assustar:

Não, as mudanças climáticas não são um problema futuro. Secas, enchentes, furacões, incêndios e temperaturas extremas estão em ascensão em todo o mundo, causando perda de vidas e atrasando o desenvolvimento econômico e social por anos, se não décadas. Os números estão aí para provar.
De 1970 a 2012, 8.835 desastres naturais causaram cerca de 1,94 milhão de mortes e danos econômicos de 2,3 trilhões de dólares globalmente, quase um Brasil em PIB, aponta um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O Atlas de Mortalidade e Perdas Econômicas ligadas a extremos do clima e desastres relacionados à água descreve a distribuição e os impactos das catástrofes naturais ao longo de quatro décadas.
Efeitos reais – Tempestades e inundações foram responsáveis por 79% do número total de desastres, causando 55% das mortes e 86% de perdas econômicas no período, de acordo com o Atlas.
Já as secas causaram 35% das mortes, principalmente devido às severas secas africanas de 1975 e 1983-1984.


O relatório destacou a importância de informações históricas georreferenciadas sobre mortes e danos para estimar os riscos antes de ocorrer o próximo desastre.
Essas informações podem apoiar decisões práticas na redução dos impactos, a partir, por exemplo, da melhoria dos sistemas de alerta precoces, do reforço da infraestrutura para situações críticas ou da reformulação das regras para novas construções.
O Atlas também fornece detalhes sobre as catástrofes a nível regional.
16/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Pegada Hídrica: indicador incentiva o consumo responsável da água:


Você deve saber que o Estresse hídrico já afeta nosso planeta. A maioria da água é usada na produção agrícola, como você pode conferir em Irrigação é responsável pelo consumo de 72% da água no Brasil, mas o volume de água consumida e poluída também é grande na indústria e nos lares do mundo todo.

Para quantificar o consumo e enxergarmos como utilizamos os recursos hídricos, a organização internacional sem fins lucrativos Water Footprint, criou o conceito Pegada Hídrica que quantifica a água usada ao longo de todo ciclo de uso em diferentes contextos. O conceito existe desde 2002, quando surgiu em Delf, na Holanda, inspirado na Pegada Ecológica, introduzida por William Rees e Matthis Wackemagel.
 
 

A pegada hídrica pode ser considerada como um indicador abrangente da apropriação de recursos hídricos, ao conceito tradicional e restrito de captação de água. Mostra os volumes de consumo de água por fonte e os volumes de poluição pelo tipo de poluição. Ela é medida em três tipos: pegada hídrica azul de um produto que refere-se ao consumo de água azul (superficial e subterrânea) ao longo de sua cadeia produtiva. A pegada hídrica verde que refere-se ao consumo de água verde (água de chuva, desde que não escoe). A pegada hídrica cinza refere-se à poluição e é definida como o volume de água doce necessário para assimilar a carga de poluentes, a partir de concentrações naturais e de padrões de qualidade da água existentes.

As aplicações do conceito da pegada hídrica podem ser categorizados como: estudos globais, nacionais, regionais e de bacias hidrográficas, estudos de produtos gerais e de empresas. Poucos estudos abordam todas as fases de avaliação da pegada hídrica, a maioria dos estudos apresenta foco maior ou total na fase de contabilização da pegada hídrica. O principal desafio com relação aos estudos futuros é abordar também as fases de avaliação de sustentabilidade e de formulação de respostas/ações.
11/07/2014 - Mais: Tera Ambiental  WWF Brasil

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Relatório aponta que é possível ‘descarbonizar’ o mundo até 2050:

Algo de concreto na mesa de negociações sobre as mudanças climáticas: um relatório, entregue nesta terça-feira (8) ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostra pela primeira vez como 15 dos países mais poluidores, entre eles a China e os Estados Unidos, podem se “descarbonizar”, ou seja, reduzir a concentração de carbono de suas atividades, até 2050.
A comunidade internacional estabeleceu como meta limitar o aquecimento a 2°C para evitar os efeitos catastróficos das mudanças no clima, mas “muito poucos países levaram a sério o que isto implica”, destacou o Projeto de Diretrizes de Descarbonização Profunda (DDPP) em seu primeiro informe.


Os esforços atuais de redução dos gases de efeito estufa, entre os quais o dióxido de carbono (CO2) respondem por 76%, são muito marginais. Para respeitar este teto de 2°C, além do qual há um risco extremo para o futuro do bem-estar da humanidade, falta uma “transformação profunda dos sistemas energéticos e de produção, da indústria, da agricultura…”, insistiu o informe.
Além disso, trinta instituições e grupos de pesquisa de Brasil, África do Sul, Austrália, Alemanha, Canadá, China, Coreia do Sul, França, EUA, Índia, Indonésia, Japão, México, Reino Unido e Rússia, que respondem por mais de 75% das emissões de gases de efeito estufa do mundo, se revezaram no desafio de responder à seguinte pergunta: o que falta fazer para em 2050 termos uma chance de estar a caminho da trajetória de 2ºC, sem emitir mais que 1,6 tonelada de CO2, em média, por pessoa, contra 5,2 toneladas, hoje?
Esta iniciativa, do Instituto do Desenvolvimento Sustentável (Iddri) e da Rede de Soluções do Desenvolvimento Sustentável, criada pela ONU, com vistas a apresentar cenários ambiciosos na mesa, esperando desta forma erguer o nível das ambições para a conferência do clima, em Paris, que deve conduzir a um acordo de redução dos gases-estufa envolvendo todos os países.
10/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

quarta-feira, 9 de julho de 2014

China cria tribunal ambiental para conter poluição no país:

A Suprema Corte chinesa anunciou a criação de um tribunal especial para lidar com casos ambientais, uma medida tomada em um momento em que Pequim faz pressão para impulsionar sua agenda verde diante do descontentamento do público com o aumento da poluição.
Três décadas de uma expansão rápida e desenfreada tiveram um alto preço ambiental para o país e os líderes comunistas têm se preocupado com o número crescente de protestos relacionados com o tema.
Estudos recentes revelaram uma estimativa de que cerca de dois terços do solo chinês estariam contaminados e que 60% da água subterrânea também estariam impróprias para o consumo. Enquanto isso, moradores de cidades como Pequim e Xangai, costumam ser confrontados com níveis perigosos de “smog”, neblina misturada à poluição atmosférica.
O primeiro-ministro Li Keqiang anunciou, em março, que Pequim estava “declarando guerra” à poluição e uma série de medidas foi anunciada, mas ainda há questões fora do alcance da lei.



Proteção dos direitos – O tribunal, que terá equivalentes locais, receberá casos relativos à poluição do ar, da água e do solo, bem como à proteção de recursos minerais e naturais, como florestas e rios, escreveu em um comunicado Sun Jungong, porta-voz da Suprema Corte do Povo.
Seu estabelecimento “terá um impacto positivo e profundo na proteção dos direitos e interesses ambientais do povo, evitando a deterioração futura do ambiente e melhorando a imagem internacional da China relativa à proteção ambiental”.
A medida se seguiu a uma emenda, aprovada em abril, à lei de proteção ambiental chinesa – a primeira em 25 anos -, que impõe penalidades mais severas e garante que os violadores serão “nomeados e desonrados”.
Mas responsabilizar legalmente os poluidores demonstrou ser difícil em um país onde governos locais costumam se concentrar no crescimento motriz. Entre 2011 e 2013, menos de 30 mil casos ambientais foram acolhidos ao ano nas cortes chinesas de uma média anual de 11 milhões de casos, informou Zheng.
09/07/014 - Mais: Ambiente Brasil