segunda-feira, 24 de março de 2014

Dia Mundial da Água

História do Dia Mundial da Água:

     O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
       Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

    No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

      Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.
        Declaração Universal dos Direitos da Água:
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. 
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem. 
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. 
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. 
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. 
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. 
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. 
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. 
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. 
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.  

terça-feira, 18 de março de 2014

Todo Mundo Sabe.



 

 Br 316

Que o meio ambiente e o Planeta estão passando por uma crise ambiental sem Precedentes, todo mundo sabe.
Que o principal responsável por esta crise é nossa própria espécie, também.
Não é preciso muito esforço para identificar problemas ambientais aqui e ali. Isso, a mídia de uma maneira geral faz com certa competência e honestidade. Assim como a divulgação dos problemas cumpre um importante papel – ao fazer avançar a consciência ambiental da sociedade, que, por sua vez passa a exigir mais e mais de empresas e autoridades – a divulgação das boas práticas transmite esperança e motivação para as mudanças que a sociedade quer e precisa fazer no rumo da sustentabilidade.
Também queremos divulgar o que está dando certo, o que está sendo feito efetivamente por governantes, empresários, comunidades, para solucionar problemas socioambientais e para isso precisamos e pedimos a ajuda de quem acredita que também é importante dar divulgação às boas práticas como estratégia para motivar a sociedade no rumo das mudanças para a sustentabilidade. Entretanto, devemos demonstrar as evidências dessas mudanças, o antes e o depois. Os sonhos são importantes, pois boas práticas costumam ser antecedidas por boas ideias, entretanto, sonhar apenas não é suficiente para mudar a realidade. E entre o ideal e o possível, quase sempre, é preciso abrir mão de sonhos, ajustar percepções, dialogar com os diferentes, nunca uma tarefa fácil, mas absolutamente necessária numa democracia.
Dificuldades todos têm, mas onde alguns se contentam com desculpas para não fazer, outros arranjam um jeito de fazer. Graças a eles, a crise ambiental não está pior e talvez tenhamos evitado o colapso, até aqui.
 FONTE:
revista do meio ambiente fev 2014.
 

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quarta-feira, 12 de março de 2014

Viver perto de áreas verdes aumenta sensação de bem-estar

Pesquisa se baseou em levantamento que mostra que essas pessoas têm menos sinais de depressão e ansiedade:
Os pesquisadores, da Universidade de Exeter, constataram que passar a morar em um local com áreas verdes gera um efeito positivo duradouro, enquanto que aumentos de salários ou promoções no trabalho, por exemplo, fornecem apenas efeitos positivos de curto prazo.
Para os autores da pesquisa, os resultados mostram que o acesso a parques urbanos traz benefícios à saúde pública. Mathew White, do Centro Europeu para o Desenvolvimento e Saúde Humana da Universidade de Exeter, um dos autores da pesquisa, explicou que o estudo se baseia nas descobertas de um outro levantamento, que mostrou que as pessoas vivendo em áreas urbanas mais verdes tinham menos sinais de depressão e ansiedade.
Ele diz que isso ocorre “por várias razões”. “Por exemplo: as pessoas fazem todo tipo de coisas para ficarem mais felizes, elas lutam por uma promoção no trabalho, aumento de salário, até se casam. Mas o problema com todas estas coisas é que, depois de seis meses a um ano, elas voltam aos níveis originais de bem-estar. Então estas coisas não são sustentáveis, elas não nos fazem felizes no longo prazo”, afirmou.
“Descobrimos que em um grupo de ganhadores da loteria, que tinham ganho mais de 500 mil libras (quase R$ 2 milhões), o efeito positivo definitivamente estava lá, mas depois de seis meses a um ano, eles tinham voltado aos níveis normais.” As descobertas foram publicadas na revista especializada Environmental Science and Technology.
Dados
A equipe de pesquisadores usou dados da Pesquisa de Residências Britânicas (que mudou o nome para pesquisa Compreendendo a Sociedade) e que começou a ser feita na Grã-Bretanha em 1991 pela Universidade de Essex.
“É uma amostra enorme e representativa da população britânica (atualmente cerca de 40 mil residências pesquisadas por ano), em que são respondidas várias perguntas, sobre renda, estado civil, etc”, disse White. “Mas também inclui algo chamado Questionário Geral de Saúde, que é usado por médicos para diagnosticar depressão e ansiedade.” “O que você vê é que, mesmo depois de três anos, a saúde mental ainda é melhor (para quem vive perto de áreas verdes), o que é improvável com as muitas outras coisas que achamos que nos farão felizes”, disse.

Mais pesquisas:

O pesquisador acrescentou que a equipe quer fazer mais pesquisas para examinar uma possível ligação entre qualidade de relacionamentos conjugais e a vida em areas verdes.
“Há provas de que as pessoas dentro de uma áreas com espaços verdes são menos estressadas e, quando você é menos estressado, você toma decisões mais razoáveis e se comunica melhor”, afirmou White.
“Não vou falar que é uma poção mágica que cura todos os problemas do casamento, claro que não é, mas pode ser que (o fator do cenário) ajude a pender a balança na direção das decisões mais razoáveis e diálogos mais maduros.” Com as crescentes provas de ligação entre espaços verdes nas cidades e o impacto na saúde pública, há também o crescente interesse das autoridades e governos pelo assunto, segundo White. Mas, o pesquisador afirma que não será fácil decidir de onde deve vir o dinheiro para investir em áreas verdes nas cidades.
“Por exemplo: autoridades ligadas ao meio ambiente irão dizer que se é bom para a saúde das pessoas, “Então, há muitas pessoas interessadas, mas o que realmente precisamos no nível de políticas, é decidir de onde virá o dinheiro para apoiar áreas verdes locais de qualidade”, acrescentou.

Fonte: BBC Brasil.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Ecologismo...


Ecologismo: crise do modelo de desenvolvimento?
O que fazer com o desenvolvimento local ou para o local, que tanto problema ambiental produziu? Aonde inserir a retórica da sustentabilidade ou do ecologismo? Como desenvolver preservando o ambiente? Serão esses dois elementos (Desenvolvimento e Sustentabilidade) antagônicos? A resposta à última questão me parece afirmativa, sendo assim, as perguntas anteriores perderiam o sentido.
O que se consolidou sobre a ideia de desenvolvimento está historicamente amalgamado ao indicador crescimento econômico. O paradigma de uma sociedade desenvolvida, tal como afirmava Rostow (1971), é uma sociedade de consumo de massa. A crescente produção de mercadorias nos conduziu e ainda conduz para um consumo também crescente. Essa análise feita sobre o capitalismo já era apontada por Rosa Luxemburg ao analisar a acumulação capitalista, todavia, a partir de um ponto de vista crítico ao sistema. Segundo Luxemburg (1985, p.228): “Já que a produção capitalista é consumidora exclusiva do próprio mais-produto, não há nenhum limite para a acumulação capitalista”.
Esse modelo de desenvolvimento sofreu fortes pressões ambientalistas no final dos anos 1960. O Clube de Roma alertava para os limites do crescimento, afirmando que o planeta não teria recursos naturais para atender às crescentes demandas produtivas. Tais preocupações foram objeto de discussão na Conferência das Nações Unidas em 1972 (Estocolmo), onde era apontado que um dos causadores dos problemas ambientais era a miséria e a falta de uso de tecnologias adequadas no terceiro mundo. Como produto dessas discussões, um novo modelo de desenvolvimento foi forjado pelo Relatório Brundtland, o Desenvolvimento Sustentável. Retirava-se do centro da discussão os rumos da produção capitalista de mercadorias e qualquer referência ao nome capitalismo.
A luta ecológica, que surgiu como crítica à sociedade de consumo, passou a fazer parte dessa. O mundo do pós-guerra era o mundo do fracasso da humanidade. A sociedade ocidental produziu guerras que mataram milhões de pessoas. Produziu uma bomba capaz de aniquilar cidades inteiras. Produziu o genocídio, a violência e a possibilidade de destruição do planeta, seja por poderio bélico, seja por atividade industrial. A ameaça ao meio ambiente passava a fazer parte do discurso que questionava a sociedade ocidental e seus valores. O Ecologismo foi engolido e adequado para não se mexer no processo produtivo. O Desenvolvimento Sustentável era a resposta para continuar produzindo e salvar o planeta, ao menos em teoria.