segunda-feira, 23 de junho de 2014

Amazônia Legal estará toda mapeada até 2017, informa órgão:

O projeto de mapeamento da Amazônia Legal está em andamento e deve ser concluído até 2017, segundo o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), que coordena as operações. Cerca de 55 mil quilômetros quadrados (km²) de hidrovias navegáveis e 1,2 milhão de km² terrestres já foram cartografados.
O Projeto Cartografia da Amazônia foi lançado em 2008 e visa a atualizar e concluir as cartografias terrestre, geológica e náutica dos 35% da Região da Amazônia sem informações na escala de 1:100.000, que são mais detalhadas. Dos 5,2 milhões de km² da Amazônia Legal, 1,8 milhão de km² não tinham informações cartográficas nessa escala.
Mais importante que a base estruturante da cartografia são os desdobramentos temáticos para as instituições, órgãos e municípios da região, avalia o diretor de Produtos do Censipam, Péricles Cardim. “Traduzir as informações dos mapas e pegar todo o montante desse conhecimento para subsidiar o poder decisório de outros órgãos era o que faltava na Amazônia”, disse.


O Projeto Cartografia da Amazônia tem como executores a Marinha, o Exército, a Aeronáutica e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O orçamento total é de R$ 350 milhões. (Fonte: Agência Brasil)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Quase metade dos ecossistemas de água doce europeus estaria ameaçada:

Quase a metade dos rios e outros cursos d’água da Europa continental estariam ameaçados por poluentes químicos, como pesticidas e outras substâncias industriais, de acordo com um estudo publicado esta segunda-feira nos Estados Unidos.
Esta pesquisa se baseia em uma análise de dados dos serviços governamentais de vigilância, proveniente de 4.000 pontos da União Europeia, explicaram os cientistas, que tiveram os trabalhos foram publicados nos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS).
Eles afirmaram que os riscos reais são “provavelmente sub-avaliados”, em vista das limitações dos programas de vigilância das agências governamentais em diferentes países.
“A maioria dos cursos d’água e rios está ecologicamente afetada ou ameaçada pela grande perda da biodiversidade”, o que deixou em alerta os autores do estudo, entre os quais Egina Malaj, do Centro Helmholtz de pesquisas ambientais em Leipzig, Alemanha.

Os cientistas concluíram que os pesticidas, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP), os materiais ignífugos (anti-incêndio) à base de bromo, os anti-sujeira contida em tintas, assim como o tributiletano, os pesticidas de proteção de madeira, são substâncias químicas que representam o maior risco para estes ecossistemas aquáticos, entre as 223 substâncias estudadas nos 4.000 locais de estudo.
Os autores determinaram que estes produtos químicos provavelmente foram fatais para diferentes organismos destes rios e outros cursos d’água em 14% dos locais controlados e provocaram efeitos nefastos crônicos em 42% destes últimos.
Em nível regional, as bacias fluviais do norte da Europa mais industrializadas apresentam um risco de poluição química claramente mais elevada do que no sul do continente.
Na avaliação dos autores, os resultados exigem medidas de proteção ambiental estendidas a fim de minimizar esta poluição por substâncias químicas orgânicas. (Fonte: Terra)
18/06/2014 - Mais: Ambiente Brasil

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Um dia dedicado às ações positivas pelo meio ambiente:

 Dia Mundial do Meio Ambiente (DMMA)

O Dia Mundial do Meio Ambiente (DMMA) é o principal veículo das Nações Unidas dedicado a estimular ação e conscientização global em prol do meio ambiente. A data tem crescido e se tornado uma importante plataforma pública, celebrada amplamente por partes interessadas em mais de 100 países. Também serve como o “dia das pessoas” para tomar uma atitude pelo meio ambiente, estimulando ações individuais ou coletivas que causem um impacto positivo no planeta.
Em apoio à designação pela ONU de 2014 como o Ano Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, o Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano usará o mesmo tema, com um foco especial na questão da mudança do clima.
O nosso objetivo é levar o tema à boca do povo, antecipando a Terceira Conferencia International sobre os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, que será realizada em setembro em Samoa, e estimular um maior entendimento da importância dessas ilhas e da urgência de protegê-las, tendo em vista seus riscos e vulnerabilidades, particularmente em relação à mudança do clima. Acreditamos que o DMMA será uma excelente oportunidade para incentivar solidariedade pelas ilhas. 

"O Planeta Terra é a ilha compartilhada por todos nós. Devemos nos unir para protegê-la."

Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, durante o lançamento do Ano Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.

Cada ação conta:

O Dia Mundial do Meio Ambiente é uma chance para fazer as pessoas perceberem que são responsáveis pelo planeta Terra e que podem se tornar agentes da mudança.
O DMMA de 2013 gerou uma cobertura global ampla que contou com cerca de 200.000 postagens em blogs e 26.000 artigos publicados para o Dia Mundial do Meio Ambiente entre 1 e 10 de junho. Nossos vídeos foram assistidos por aproximadamente 120 milhões de pessoas pelas telas digitais na Times Square em Nova York, na Picadilly em Londres, e nas lojas Benetton (Live Windows) em Milão, Londres, Munique, Barcelona e Almaty. Nas redes sociais, o Twitter somou 200 milhões de usuários ativos e o Dia Mundial do Meio Ambiente esteve entre os Top 10 assuntos mais falados do dia em ao menos 15 países, com uma estimativa de 47.6 milhões de impressões no dia 5 de junho. 


Registre hoje a sua atividade e faça parte!

O que você vai fazer no Dia Mundial do Meio Ambiente? Este ano, o tema nos leva a reconhecer que todos nós enfrentamos os mesmos desafios e estamos conectados e unidos por um objetivo comum de uma vida próspera e sustentável no planeta Terra. Devemos falar mais alto em solidariedade um pelo outro e, particularmente, pelos cidadãos dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.

Celebre o Dia Mundial do Meio Ambiente! Seja organizando campanhas para a limpeza da sua rua ou promovendo iniciativas pela redução do desperdício de alimentos, dias sem carro, diminuição do uso de plástico, exibições de arte, movimentos de plantio de árvores, shows, recitais e apresentações de dança, iniciativas de reciclagem, campanhas online e competições — toda ação conta. Quando multiplicada por uma comunidade global, o impacto de nossas vozes e ações individuais se tornam exponenciais.
05/06/2014 - Fonte (PNUMA) Mais: UNEP

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Escassez de recursos hídricos desafia modelos tradicionais de gestão:

Escassez de recursos hídricos 
 Para o CDP, gestão de riscos associados à água requer revisão dos processos produtivos e do modelo de negócio. A água é uma das questões mais urgentes que o mundo enfrenta hoje. As projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que, em 2050, mais de 45% da população mundial estará vivendo em países que não poderão garantir a cota diária mínima de 50 litros de água por pessoa. Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), o CDP - organização internacional sem fins lucrativos que provê um sistema global único para que as empresas e cidades compartilhem informações vitais sobre o meio ambiente - destaca a importância da gestão eficiente como solução para alcançar a segurança do recurso natural vital à população e à economia.

O Brasil é um excelente exemplo de uma região onde a tensões em torno da água não são apenas uma consequência da escassez crônica ou secas prolongadas. São também resultado de gestão insustentável da água e poluição agrícola ou industrial dos recursos hídricos. Os problemas de escassez de água são mistura de crescimento excessivo e sem planejamento de população, industrialização, urbanização e agricultura, além de degradação da qualidade da água. As empresas brasileiras devem considerar a responsabilidade que tem de tratar da questão com a importância estratégica que merece e assumir a liderança. Até porque, água é crucial para a economia.

Todas as indústrias, desde agricultura ao turismo dependem do recurso para manter seus negócios. Para fabricar cada quilo de aço são necessários 600 litros de água. Um litro de cerveja precisa de três a quatro litros. Para se fazer uma folha de papel sulfite se gasta 380 litros. Mensurar o capital natural é fundamental para construir estabilidade econômica e garantir prosperidade. As empresas que transformam seus negócios e trabalham para preservar os recursos hídricos têm o potencial, tanto em curto como em longo prazo, de reduzir custos, gerar receita sustentável e tornar-se mais duradouras.

Para abordar especificamente a questão da água, o CDP lançou, em 2010, um programa para questionar as empresas sobre suas ações relacionadas à identificação e gestão de riscos relacionados ao uso de água. Em 2013, 1.036 das maiores empresas do mundo de setores com o maior potencial de impactar ou ser impactada por questões relacionadas a recursos hídricos, receberam o questionário do CDP. O número de investidores em todo o mundo solicitando, por meio dos questionários do CDP, mais transparência das empresas nas questões de gestão da água quadruplicou - foram 137 em 2010 e 573 em 2014. Ao reconhecer que a questão é indicativo de que a empresa planeja sua resiliência em longo prazo, estão promovendo a gestão da água como uma estratégia de redução de riscos aos negócios.


04/06/2014 - Fonte: (FundamentoRP) Mais: MaxPress

terça-feira, 3 de junho de 2014

Mundo está à beira de uma extinção em massa, diz estudo:

Espécies de plantas e animais são extintas mil vezes mais rápido do que acontecia antes dos seres humanos existirem. E o problema não acaba por aí. Segundo cientistas, o mundo está à beira de sua sexta extinção em massa.
Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista Science. O estudo analisou as taxas de extinção passadas e presentes.
Então, descobriu que a taxa era mais baixa no passado do que o imaginado.
O ritmo de extinção era de uma espécie a cada 10 milhões por ano. Hoje, são de 100 a cada 1000 por ano.
“Estamos à beira da sexta extinção”, disse o biólogo da Universidade de Duke Stuart Pimm, um dos líderes do estudo.
“Se nós vamos conseguir evitar o fenômeno ou não vai depender de nossas ações”.
Segundo os pesquisadores, a combinação de vários fatores fazem as espécies desaparecerem muito mais rápido do que antes. A principal é a perda de habitat.
Isso significa que as espécies não encontram lugar onde viver por causa das alterações feitas pelos humanos no meio ambiente.
Há também outros fatores, como as mudanças climáticas, que interferem nos locais onde as espécies podem sobreviver.
O sagui é um bom exemplo. Seu habitat diminuiu por causa do desenvolvimento do Brasil. Agora, ele está na lista internacional das espécies vulneráveis.
O tubarão branco também costumava ser um dos predadores mais abundantes na Terra. Mas a espécie foi tão caçada que agora são raramente é encontrada.
Até agora, a grande maioria da vida do mundo acabou cinco vezes nas chamadas extinções em massa, muitas vezes associadas com ataques de meteoritos gigantes.
Cerca de 66 milhões de anos atrás, um dessas extinções matou os dinossauros e três em cada quatro espécies na Terra. Cerca de 252 milhões anos atrás, um evento apagou cerca de 90% das espécies do mundo.
Mas os cientistas envolvidos no estudo acreditam que há esperança. O uso de smartphones e aplicativos podem ajudar pessoas comuns e biólogos em busca de espécies em perigo.
Uma vez que os biólogos sabem onde espécies ameaçadas de extinção estão eles podem tentar salvar habitats e usar a reprodução em cativeiro e outras técnicas para salvá-las. (Fonte: Info Online) Mais: Ambiente Brasil

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Projeto avalia impacto de humanos em florestas tropicais:

Impacto antropológico...

Entender como a crescente ocupação da floresta tropical pelo homem poderá impactar a biodiversidade, os serviços ecossistêmicos e o clima local e global é o principal objetivo do Projeto Temático “ECOFOR: Biodiversidade e funcionamento de ecossistemas em áreas alteradas pelo homem nas Florestas Amazônica e Atlântica”, que reúne mais de 40 pesquisadores brasileiros e britânicos.

A pesquisa é realizada no âmbito do programa de pesquisa colaborativa “Human Modified Tropical Forests (Florestas Tropicais Modificadas pelo Homem)”, lançado em 2012 pela FAPESP e pelo Natural Environment Research Council (NERC), um dos Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK, na sigla em inglês).
A equipe, formada por 16 pesquisadores sêniores, seis pós-doutorandos, 12 colaboradores e nove estudantes, esteve reunida pela primeira vez entre os dias 26 e 29 de março na cidade de São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba (SP).
“Nessa primeira reunião, definimos detalhadamente os protocolos de trabalho. A ideia é que todos os dados sejam gerados com a mesma metodologia, de forma que seja possível integrá-los em um modelo do impacto da fragmentação sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.
Foi o grande pontapé inicial do projeto”, contou Carlos Alfredo Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP).
De acordo com Joly, toda a coleta de dados será realizada no Brasil. A equipe brasileira estará concentrada principalmente em regiões de Mata Atlântica situadas na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, enquanto a equipe britânica centrará seu foco na Floresta Amazônica. Já a análise e a interpretação dos dados serão feitas de forma compartilhada tanto no Brasil como no Reino Unido.
“A ideia é ampliar significativamente a participação de estudantes brasileiros na pesquisa, que abre um leque de opções para trabalhos de mestrado e doutorado com alta possibilidade de realização de estágios no Reino Unido”, avaliou.
Segundo Jos Barlow, pesquisador da Lancaster University (Reino Unido) e coordenador do projeto ao lado de Joly, alguns estudantes britânicos também planejam fazer pós-doutorado em instituições paulistas.
“Os alunos e pós-doutorandos do Reino Unido vão precisar passar bastante tempo no Brasil, onde será feita toda a coleta de dados. Ou então focar seu trabalho na análise de dados de sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas (SIG). E, claro, os resultados serão publicados em conjunto, com a liderança vinda de ambos os países”, disse.
Malásia – O trabalho de investigação na Floresta Amazônica e na Mata Atlântica correrá em paralelo a outro projeto financiado pelo NERC desde 2009 em Bornéu, na Malásia. Nesse caso, o objetivo é estudar e comparar áreas de floresta primária (bem conservadas), áreas com exploração seletiva de madeira e regiões que sofreram profunda fragmentação.
“Dentro do possível, os dados gerados aqui no Brasil deverão ser comparáveis aos dados gerados na Malásia. Para assegurar essa integração foi estabelecido um comitê que reúne pesquisadores dos dois projetos”, contou Joly.
“Não seguiremos exatamente o mesmo desenho da pesquisa desenvolvida na Malásia, pois aqui temos situações diferentes. Mas os dois projetos visam estudar como as mudanças no uso da terra, que inclui extração de madeira, queimadas e fragmentação do habitat, alteram o funcionamento da floresta tropical, principalmente no que se refere à ciclagem de matéria orgânica e de nutrientes. Também queremos avaliar como essas alterações estão relacionadas com os processos biofísicos, a biodiversidade e o clima”, explicou Simone Aparecida Vieira, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp.
De acordo com Vieira, a equipe brasileira adotou o Parque Estadual da Serra do Mar como uma espécie de “área controle” da pesquisa e os dados lá coletados pelo Projeto Temático Biota Gradiente Funcional serão comparados com as informações oriundas dos fragmentos e das florestas secundárias existentes na região que vai de São Luiz do Paraitinga até a cidade de Extrema, em Minas Gerais.