segunda-feira, 21 de julho de 2014

Cidades e empresas farão ‘rodízio’ de captação de água de rios em São Paulo:

O Consórcio PCJ, que agrega 43 cidades e 31 empresas que utilizam as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que abastece o Sistema Cantareira, em São Paulo, organizou e deve implementar uma escala para captação de água. A intenção é impedir que os setores industrial, urbano e rural façam a coleta no mesmo horário, o que pode baixar ainda mais nível dos rios.
Dessa forma, haverá horários de captação diferentes para todas as categorias de usuários. A intenção é que as cidades e empresas que possuam outorga captem água em momentos diferentes, o que irá evitar retiradas em volume maior que os mananciais podem suportar.

 
“O uso intercalado que estamos propondo vai evitar o que está acontecendo hoje, quando o volume de água que chega na calha do rio é exatamente o que o município vai captar. Se ele fizer 100%, quem ficar rio abaixo não terá mais água”, disse o diretor do Consórcio PCJ, Francisco Lahoz.
Segundo o Consórcio PCJ, a determinação foi encaminhada para os consorciados.
O anúncio formal e os detalhes sobre o funcionamento do sistema serão divulgados na próxima semana.
O consórcio afirmou, ainda, que, com a ação, poderá haver menos utilização das águas dos reservatórios do Sistema Cantareira, o que pode prolongar a capacidade de abastecimento do manancial.
“Do contrário, teríamos que abrir cada vez mais as comportas do Cantareira”, disse. 
21/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Califórnia vai aplicar multa de R$ 1.200 por dia para quem desperdiçar água:

DLegisladores da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovaram na noite de terça-feira (15) a aplicação de uma multa diária de US$ 500 (cerca de R$ 1.200) para moradores que desperdiçarem água. O Estado enfrenta a pior seca de sua história.
A penalidade vale para pessoas que forem flagradas regando jardins e lavando o carro ou a calçada com mangueiras que não tenham sistema de fechamento no bico.
Fontes decorativas que utilizem água tratada também são enquadradas pela lei, que determina que estes equipamentos operem com circulação e reutilização de água.


“Esperamos que os californianos pelo menos não desperdicem água”, afirmou Felicia Marcus, do Comitê de Controle de Recursos Hídricos. “Muitas comunidades estão passando por momentos difíceis no Estado, o mínimo que podemos fazer é não gastar água potável regando jardins”.
A regulamentação não se aplica ao uso da água no interior das residências, apesar de alguns municípios da Califórnia terem imposto metas de redução para a população.
As agências locais de fornecimento de água que não fiscalizarem e divulgarem a nova lei podem ser multadas em US$ 10 mil (cerca de R$ 23 mil) por dia.
17/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

MMA inicia elaboração da Carta das Águas Subterrâneas do Paraná:

O Paraná terá, em 2015, a Carta das Águas Subterrâneas do estado. O Ministério do Meio Ambiente contratou uma consultoria para a elaboração do documento no âmbito do projeto Interáguas (acordo de empréstimo com o Banco Mundial), e conta com a parceria de órgãos estaduais, em especial o Instituto das Águas do Paraná, vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A perspectiva é que o projeto seja concluído em 10 meses e seu custo está estimado em aproximadamente R$ 1 milhão.
O trabalho visa o aprimoramento do conjunto de dados e informações sobre os principais sistemas aquíferos presentes no Paraná. Embora mais protegidos, esses sistemas não estão livres da poluição e contaminação pelas diversas atividades realizadas pelo uso e ocupação do ambiente. “O aproveitamento das águas subterrâneas deve ser apoiado por um planejamento técnico criterioso, com base no conhecimento de cada ambiente onde se localizam e das condições de circulação”, explica o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Ney Maranhão. 


Conhecimento - Ao considerar a dominialidade das águas subterrâneas que constitucionalmente é dos Estados, destaca-se, em âmbito federal, as ações previstas no Programa Nacional de Águas Subterrâneas – Programa VIII do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), e na Agenda de Águas Subterrâneas da Agência Nacional de Águas. Tais iniciativas têm como objetivo a ampliação do conhecimento hidrogeológico, o desenvolvimento da base legal e institucional para a gestão adequada das águas, considerando o princípio da gestão sistêmica, integrada e participativa.
17/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

quarta-feira, 16 de julho de 2014

O saldo de 42 anos de desastres naturais é de assustar:

Não, as mudanças climáticas não são um problema futuro. Secas, enchentes, furacões, incêndios e temperaturas extremas estão em ascensão em todo o mundo, causando perda de vidas e atrasando o desenvolvimento econômico e social por anos, se não décadas. Os números estão aí para provar.
De 1970 a 2012, 8.835 desastres naturais causaram cerca de 1,94 milhão de mortes e danos econômicos de 2,3 trilhões de dólares globalmente, quase um Brasil em PIB, aponta um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O Atlas de Mortalidade e Perdas Econômicas ligadas a extremos do clima e desastres relacionados à água descreve a distribuição e os impactos das catástrofes naturais ao longo de quatro décadas.
Efeitos reais – Tempestades e inundações foram responsáveis por 79% do número total de desastres, causando 55% das mortes e 86% de perdas econômicas no período, de acordo com o Atlas.
Já as secas causaram 35% das mortes, principalmente devido às severas secas africanas de 1975 e 1983-1984.


O relatório destacou a importância de informações históricas georreferenciadas sobre mortes e danos para estimar os riscos antes de ocorrer o próximo desastre.
Essas informações podem apoiar decisões práticas na redução dos impactos, a partir, por exemplo, da melhoria dos sistemas de alerta precoces, do reforço da infraestrutura para situações críticas ou da reformulação das regras para novas construções.
O Atlas também fornece detalhes sobre as catástrofes a nível regional.
16/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Pegada Hídrica: indicador incentiva o consumo responsável da água:


Você deve saber que o Estresse hídrico já afeta nosso planeta. A maioria da água é usada na produção agrícola, como você pode conferir em Irrigação é responsável pelo consumo de 72% da água no Brasil, mas o volume de água consumida e poluída também é grande na indústria e nos lares do mundo todo.

Para quantificar o consumo e enxergarmos como utilizamos os recursos hídricos, a organização internacional sem fins lucrativos Water Footprint, criou o conceito Pegada Hídrica que quantifica a água usada ao longo de todo ciclo de uso em diferentes contextos. O conceito existe desde 2002, quando surgiu em Delf, na Holanda, inspirado na Pegada Ecológica, introduzida por William Rees e Matthis Wackemagel.
 
 

A pegada hídrica pode ser considerada como um indicador abrangente da apropriação de recursos hídricos, ao conceito tradicional e restrito de captação de água. Mostra os volumes de consumo de água por fonte e os volumes de poluição pelo tipo de poluição. Ela é medida em três tipos: pegada hídrica azul de um produto que refere-se ao consumo de água azul (superficial e subterrânea) ao longo de sua cadeia produtiva. A pegada hídrica verde que refere-se ao consumo de água verde (água de chuva, desde que não escoe). A pegada hídrica cinza refere-se à poluição e é definida como o volume de água doce necessário para assimilar a carga de poluentes, a partir de concentrações naturais e de padrões de qualidade da água existentes.

As aplicações do conceito da pegada hídrica podem ser categorizados como: estudos globais, nacionais, regionais e de bacias hidrográficas, estudos de produtos gerais e de empresas. Poucos estudos abordam todas as fases de avaliação da pegada hídrica, a maioria dos estudos apresenta foco maior ou total na fase de contabilização da pegada hídrica. O principal desafio com relação aos estudos futuros é abordar também as fases de avaliação de sustentabilidade e de formulação de respostas/ações.
11/07/2014 - Mais: Tera Ambiental  WWF Brasil

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Relatório aponta que é possível ‘descarbonizar’ o mundo até 2050:

Algo de concreto na mesa de negociações sobre as mudanças climáticas: um relatório, entregue nesta terça-feira (8) ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostra pela primeira vez como 15 dos países mais poluidores, entre eles a China e os Estados Unidos, podem se “descarbonizar”, ou seja, reduzir a concentração de carbono de suas atividades, até 2050.
A comunidade internacional estabeleceu como meta limitar o aquecimento a 2°C para evitar os efeitos catastróficos das mudanças no clima, mas “muito poucos países levaram a sério o que isto implica”, destacou o Projeto de Diretrizes de Descarbonização Profunda (DDPP) em seu primeiro informe.


Os esforços atuais de redução dos gases de efeito estufa, entre os quais o dióxido de carbono (CO2) respondem por 76%, são muito marginais. Para respeitar este teto de 2°C, além do qual há um risco extremo para o futuro do bem-estar da humanidade, falta uma “transformação profunda dos sistemas energéticos e de produção, da indústria, da agricultura…”, insistiu o informe.
Além disso, trinta instituições e grupos de pesquisa de Brasil, África do Sul, Austrália, Alemanha, Canadá, China, Coreia do Sul, França, EUA, Índia, Indonésia, Japão, México, Reino Unido e Rússia, que respondem por mais de 75% das emissões de gases de efeito estufa do mundo, se revezaram no desafio de responder à seguinte pergunta: o que falta fazer para em 2050 termos uma chance de estar a caminho da trajetória de 2ºC, sem emitir mais que 1,6 tonelada de CO2, em média, por pessoa, contra 5,2 toneladas, hoje?
Esta iniciativa, do Instituto do Desenvolvimento Sustentável (Iddri) e da Rede de Soluções do Desenvolvimento Sustentável, criada pela ONU, com vistas a apresentar cenários ambiciosos na mesa, esperando desta forma erguer o nível das ambições para a conferência do clima, em Paris, que deve conduzir a um acordo de redução dos gases-estufa envolvendo todos os países.
10/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

quarta-feira, 9 de julho de 2014

China cria tribunal ambiental para conter poluição no país:

A Suprema Corte chinesa anunciou a criação de um tribunal especial para lidar com casos ambientais, uma medida tomada em um momento em que Pequim faz pressão para impulsionar sua agenda verde diante do descontentamento do público com o aumento da poluição.
Três décadas de uma expansão rápida e desenfreada tiveram um alto preço ambiental para o país e os líderes comunistas têm se preocupado com o número crescente de protestos relacionados com o tema.
Estudos recentes revelaram uma estimativa de que cerca de dois terços do solo chinês estariam contaminados e que 60% da água subterrânea também estariam impróprias para o consumo. Enquanto isso, moradores de cidades como Pequim e Xangai, costumam ser confrontados com níveis perigosos de “smog”, neblina misturada à poluição atmosférica.
O primeiro-ministro Li Keqiang anunciou, em março, que Pequim estava “declarando guerra” à poluição e uma série de medidas foi anunciada, mas ainda há questões fora do alcance da lei.



Proteção dos direitos – O tribunal, que terá equivalentes locais, receberá casos relativos à poluição do ar, da água e do solo, bem como à proteção de recursos minerais e naturais, como florestas e rios, escreveu em um comunicado Sun Jungong, porta-voz da Suprema Corte do Povo.
Seu estabelecimento “terá um impacto positivo e profundo na proteção dos direitos e interesses ambientais do povo, evitando a deterioração futura do ambiente e melhorando a imagem internacional da China relativa à proteção ambiental”.
A medida se seguiu a uma emenda, aprovada em abril, à lei de proteção ambiental chinesa – a primeira em 25 anos -, que impõe penalidades mais severas e garante que os violadores serão “nomeados e desonrados”.
Mas responsabilizar legalmente os poluidores demonstrou ser difícil em um país onde governos locais costumam se concentrar no crescimento motriz. Entre 2011 e 2013, menos de 30 mil casos ambientais foram acolhidos ao ano nas cortes chinesas de uma média anual de 11 milhões de casos, informou Zheng.
09/07/014 - Mais: Ambiente Brasil

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Como a Costa Rica virou um fenômeno verde mundial:

Não é só no futebol que a Costa Rica surpreende. Com inovação, planejamento e boa gestão, este pequeno país da América Central mandou para escanteio uma das maiores taxas de desmatamento do mundo, transformando-se em exemplo de conservação ambiental e disputado destino de ecoturismo.
Na década de 70, quase 80% da cobertura florestal da Costa Rica havia praticamente desaparecido para dar espaço à criação de gado para produção de carne bovina, que tinha como principal comprador (e financiador) os Estados Unidos.
Mas isso é passado. Atualmente, mais da metade da cobertura florestal existente no país encontra-se sob a proteção de parques nacionais, reservas biológicas, ou refúgios de vida silvestre.
A vitória nessa seara só foi possível graças aos esforços do governo e da sociedade nos últimos 20 anos, a começar pela implementação de um programa de pagamento por serviços ambientais (PES).
Remunerar produtores rurais familiares e comunidades tradicionais, com o objetivo de incentivar uma mudança de comportamento para conservação da natureza, é o cerne do pagamento por serviços ambientais.
Instituído na Lei de Florestas da Costa Rica, em 1996, o programa é financiado por um imposto de energia, principalmente sobre combustíveis fósseis.
Este programa formou a base para o protagonismo do país no programa REDD+, mecanismo que busca reconhecer a contribuição das florestas em mitigar mudanças climáticas através do sequestro de carbono.
Além da fotossíntese, que captura o gás carbônico (CO2) da atmosfera, as plantas e árvores ajudam a fixar o carbono no solo. Quando são derrubadas, este carbono no subsolo é liberado.

07/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

sexta-feira, 4 de julho de 2014

ONG alerta para inundações causadas pela ação do homem em Brasil, Paraguai e Argentina:

O desmatamento para o cultivo de soja e as represas são os culpados pelas mais recentes inundações que assolam Brasil, Paraguai e Argentina, com cerca de 700.000 pessoas afetadas, denunciou nesta quarta-feira a Fundação Vida Silvestre, em Buenos Aires.
“Os desastres naturais registrados no último mês são fruto da ampliação da fronteira agropecuária, da transformação de florestas em terra para o monocultivo e da construção de hidrelétricas”, afirmou a organização em um comunicado.
As cheias dos rios Paraná, Paraguai e Iguaçu deixaram 11 mortos e cerca de 700.000 afetados, principalmente em áreas ribeirinhas. Nesta quarta, as águas chegaram à capital paraguaia, Assunção.
Nos últimos anos, nos três países, foi registrado o desmatamento de milhares de hectares para o cultivo de soja, que se transformou no “ouro verde” da região.
“O desmatamento das margens de grandes rios e de córregos no Alto Paraná para o monocultivo, principalmente de soja no Brasil e no Paraguai, fazem com que a terra perca sua capacidade de absorção e a água da chuva arraste sedimentos diretamente para os cursos d’água”, indicou a organização conservacionista.


A esse fenômeno se soma “a existência de várias represas sobre os cursos d’água, em sua maioria em território brasileiro, que alteram o regime hídrico dos rios”, segundo a fundação.
04/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Água: mais um item escasso na Venezuela:

“Tomara que chova, meu santo Deus, tomara que chova!”, exclama Carmen Coronado, uma empregada doméstica que guarda o lugar em uma longa fila em frente a uma bomba que canaliza a água que desce das montanhas do morro Ávila, que cerca Caracas.
Ela está entre os seis milhões de habitantes da metrópole venezuelana que há dois meses sofrem um severo racionamento de água em um país de grandes reservas hídricas, entre as quais o rio Orinoco, um dos de maior vazão da América.



Mas a temporada de seis meses de chuvas que deve começar em maio demorou pelo segundo ano seguido, colocando em condições críticas as represas que abastecem a cidade.
O governo fala de uma das maiores secas da História. Especialistas e opinião pública denunciam a falta de previsão.
Nas ladeiras do morro Ávila ou Waraira Repano, seu nome indígena, há torneiras que captam água dos lençóis subterrâneos. É dia útil. Os adultos deveriam estar no trabalho, as crianças na escolas… Mas a falta d’água pode mais.
02/06/2014 - Mais: Ambiente Brasil