“Tomara que chova, meu santo Deus, tomara que chova!”, exclama Carmen
Coronado, uma empregada doméstica que guarda o lugar em uma longa fila
em frente a uma bomba que canaliza a água que desce das montanhas do
morro Ávila, que cerca Caracas.
Ela está entre os seis milhões de habitantes da metrópole venezuelana
que há dois meses sofrem um severo racionamento de água em um país de
grandes reservas hídricas, entre as quais o rio Orinoco, um dos de maior
vazão da América.
Mas a temporada de seis meses de chuvas que deve começar em maio
demorou pelo segundo ano seguido, colocando em condições críticas as
represas que abastecem a cidade.
O governo fala de uma das maiores secas da História. Especialistas e opinião pública denunciam a falta de previsão.
Nas ladeiras do morro Ávila ou Waraira Repano, seu nome indígena, há
torneiras que captam água dos lençóis subterrâneos. É dia útil. Os
adultos deveriam estar no trabalho, as crianças na escolas… Mas a falta
d’água pode mais.
02/06/2014 - Mais: Ambiente Brasil
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