Não é só no futebol que a Costa Rica surpreende. Com inovação,
planejamento e boa gestão, este pequeno país da América Central mandou
para escanteio uma das maiores taxas de desmatamento do mundo,
transformando-se em exemplo de conservação ambiental e disputado destino
de ecoturismo.
Na década de 70, quase 80% da cobertura florestal da Costa Rica havia
praticamente desaparecido para dar espaço à criação de gado para
produção de carne bovina, que tinha como principal comprador (e
financiador) os Estados Unidos.
Mas isso é passado. Atualmente, mais da metade da cobertura florestal
existente no país encontra-se sob a proteção de parques nacionais,
reservas biológicas, ou refúgios de vida silvestre.
A vitória nessa seara só foi possível graças aos esforços do governo e
da sociedade nos últimos 20 anos, a começar pela implementação de um
programa de pagamento por serviços ambientais (PES).
Remunerar produtores rurais familiares e comunidades tradicionais,
com o objetivo de incentivar uma mudança de comportamento para
conservação da natureza, é o cerne do pagamento por serviços ambientais.
Instituído na Lei de Florestas da Costa Rica, em 1996, o programa é
financiado por um imposto de energia, principalmente sobre combustíveis
fósseis.
Este programa formou a base para o protagonismo do país no programa
REDD+, mecanismo que busca reconhecer a contribuição das florestas em
mitigar mudanças climáticas através do sequestro de carbono.
Além da fotossíntese, que captura o gás carbônico (CO2) da atmosfera,
as plantas e árvores ajudam a fixar o carbono no solo. Quando são
derrubadas, este carbono no subsolo é liberado.
07/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil
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