Não, as mudanças climáticas não são um problema futuro. Secas,
enchentes, furacões, incêndios e temperaturas extremas estão em ascensão
em todo o mundo, causando perda de vidas e atrasando o desenvolvimento
econômico e social por anos, se não décadas. Os números estão aí para
provar.
De 1970 a 2012, 8.835 desastres naturais causaram cerca de 1,94
milhão de mortes e danos econômicos de 2,3 trilhões de dólares
globalmente, quase um Brasil em PIB, aponta um novo estudo da
Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O Atlas de Mortalidade e Perdas Econômicas ligadas a extremos do
clima e desastres relacionados à água descreve a distribuição e os
impactos das catástrofes naturais ao longo de quatro décadas.
Efeitos reais – Tempestades e inundações foram
responsáveis por 79% do número total de desastres, causando 55% das
mortes e 86% de perdas econômicas no período, de acordo com o Atlas.
Já as secas causaram 35% das mortes, principalmente devido às severas secas africanas de 1975 e 1983-1984.
O relatório destacou a importância de informações históricas
georreferenciadas sobre mortes e danos para estimar os riscos antes de
ocorrer o próximo desastre.
Essas informações podem apoiar decisões práticas na redução dos
impactos, a partir, por exemplo, da melhoria dos sistemas de alerta
precoces, do reforço da infraestrutura para situações críticas ou da
reformulação das regras para novas construções.
O Atlas também fornece detalhes sobre as catástrofes a nível regional.
16/07/2014 - Mais: Ambiente Brasil
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